O passado conserveiro partilhado, a sazonalidade da actividade piscatória e os fluxos migratórios entre espaços fronteiriços, criaram laços estreitos entre o sotavento algarvio e o andevalo andasluz. Esta memória colectiva partilhada, faz do concelho de Vila Real de Santo António um local de visita obrigatória. A travessia de barco, de Ayamonte para Vila Real de Santo António, ou através da ponte internacional sobre o rio Guadiana, une as duas margens de um rio que nunca foi uma fronteira efectiva. Da gastronomia, ao passeio descontraído na marginal do rio, deslumbrando-se com a marina e paisagem natural, passando pela ampla e majestosa praça Marquês de Pombal ou as ruas do rectilíneas do centro histórico pombalino, desfruta-se de um comércio tradicional a céu aberto, com atendimento simpático e produtos de referenciada qualidade. As esplanadas e a arte de bem receber conferem ao centro da cidade um leque de experiências gastronómicas que são resultado de uma tradição da boa cozinha e da excelência dos recursos naturais.
Vila Real de Santo António é um dom do rio Guadiana, esta relação ancestral permanece ainda hoje, não só na história e memória das gerações, como na etnografia ou gastronomia, mas também na relação das pessoas com ao rio. A prática de desportos náuticos como canoagem, remo, windsurf, pesca desportiva ou subidas do rio, são testemunho dessa relação entre o homem e o rio.